Funcionários da Arkane Pedem Boicote à Microsoft por Laços com Israel

União STJV da Arkane se une ao movimento BDS, pressionando Microsoft a encerrar contratos com Israel e boicotar produtos Xbox.

Por Diego Barbosa
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Para quem acompanha o mundo dos games há muito tempo, a linha entre diversão e política está cada vez mais tênue. A polêmica da vez vem dos funcionários da Arkane Studios (famosa por jogos como Dishonored e Deathloop), na França. Eles estão pedindo que a Microsoft, dona do estúdio, corte relações com o governo de Israel, acusando a empresa de ser cúmplice em um genocídio.

O Que os Funcionários Alegam?

Em uma carta aberta, o sindicato dos trabalhadores (STJV) foi direto: a Microsoft não deveria compactuar com um genocídio. A principal acusação é que a Unidade 8200, uma agência de vigilância militar de Israel, estaria usando a tecnologia de nuvem da Microsoft, a Azure, para monitorar palestinos e ajudar em operações militares, como ataques aéreos.

Os funcionários afirmam que não querem fazer parte disso e que a empresa precisa tomar uma posição.

O Chamado ao Boicote dos Jogadores

A situação ganhou o apoio do movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções), que agora pede aos gamers para boicotarem os produtos da Microsoft. A ideia é simples: se o Xbox Game Pass, Call of Duty e outros jogos são o que move a empresa, pressionar o bolso dela pode forçar uma mudança de atitude.

Isso levanta uma questão séria sobre a responsabilidade das gigantes da tecnologia. É justo que a mesma empresa que nos diverte esteja envolvida, mesmo que indiretamente, em conflitos com tanto sofrimento?

Qual a Resposta da Microsoft?

A Microsoft já havia se defendido antes, afirmando que uma investigação externa “não encontrou provas” de que sua tecnologia Azure foi usada para prejudicar pessoas em Gaza. No entanto, a pressão vinda de seus próprios funcionários e do público coloca a reputação da empresa em jogo.

Mais que um Jogo, uma Questão de Ética

No fim das contas, essa discussão vai muito além dos videogames. Ela mostra como as grandes corporações estão no centro de debates globais. Para os jogadores, fica a reflexão: até que ponto podemos separar os jogos que amamos das ações das empresas que os produzem? O que antes era um refúgio, hoje se tornou mais um campo de batalha ético.

Fonte: Game Developer, acessado em 13/08/2025


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